Torque
Para acelerar ou frear o movimento de translação de um objeto, variando assim a sua quantidade de movimento linear, é necessária a aplicação de uma força sobre ele. Algo equivalente pode ser dito sobre as rotações, só que não é bem a força que produz a variação na quantidade de movimento angular.
Para girar, por exemplo, uma régua inicialmente em repouso sobre uma mesa, damos um empurrão perpendicular a ela junto a uma das extremidades. Se a força for exercida na parte central, a régua adquirirá apenas movimento de translação.
Quanto mais distante do eixo de rotação for exercida a força e quanto mais perpendicular ao raio de giro, maior será a facilidade de giro, ou seja, maior a variação de quantidade de movimento angular provocada.
A maçaneta da porta, o botão do rádio e do fogão servem para aumentar a distância entre o eixo de rotação e o ponto de aplicação da força. Lembremo-nos da dificuldade em girar uma maçaneta cuja haste esteja quebrada ou em ligar o rádio ou acender um fogão sem os botões.
Por outro lado, se a direção da força coincidir com seu raio de giro (reta que passa pelo ponto de aplicação da força e pelo eixo de rotação) também não teremos variação da quantidade de movimento angular. Quanto mais perpendicular ao raio estiver a direção da força, maior a variação do momento angular.

Dizemos que esta força produz um torque sobre o objeto em relação a esse eixo. Se o torque devido a uma força for nulo, ela não produz variação da quantidade de movimento angular; ou seja quem produz esta variação é o torque.